sexta-feira, 7 de maio de 2010

Descobri teu Nome

Não se achar nas próprias roupas
Nas paredes pintadas de azul
Nas vontades saciadas
Nos livros não lidos
No quarda roupa vazio.

Procurar dentre os cômodos
Da casa recém arrumada,
Na cama impecável, lençóís brancos,
No porta retrato, sorriso eterno,
Não achar seu inteiro, seu cheiro.

À beira da saudades
Lado a lado, teu nome
Descobri que assim ela se chama.
Mesmo tendo identidade
Não me responde.

Por que és tão silenciosa?
Quero que fale, que grite
Que me mande embora,
Diga que não me vê
Mas pelo menos diga.

Por que tens tua vontade tão impiedosa?
Tomou o espaço de tudo por aqui
Levou aquele sorriso, diadorim
Agora cala-te para que não note
Mas sua presença é palpável...

Leticia Duns

Um comentário:

Lívia Inácio disse...

Letícia!

Você nos surpreende com a profundidade de suas palavras aparentemente tão rasas!

me torno realmente uma lunática quando passo por aqui!
Seus poemas me tiram do chão!

parabéns!

Bjinhos***