quarta-feira, 26 de maio de 2010

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Reticências para ser infinito
Compêndio do que trago
É resenha do passado
Infindável o futuro
Saudosa a lembrança
A razão humana não pode explicar
Reticências para ser infinito...

Leticia Duns

terça-feira, 25 de maio de 2010

Trovões

Penso que se pelo passo
Que o passo caminha
Estão por vir ventanias
É bom sinal de tempestades
Regadas a palavras jogadas
Como quem não quer nada
Como quem não quer aparecer
Mas quer ser apreciado...


Leticia Duns.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Banda Katarse

Ontem parei para ouvir e analisar com atenção esse CD abaixo descrito. Já havia ouvido antes mas não com tanta atenção. Apesar de algumas músicas soarem estranhas a algumas pessoas, são de inteligência cultural tamanha que me fez divulgar aqui.

Em especial abaixo a música no qual mais admirei no CD.

Música da Banda Katarse, letra de Tersio Greguol, CD : A Obtusa Simplicidade do Ser.

Conselho : Do Eu Ao Eles Sem Excessão

Você já não é mais criança
Já está na hora de saber
Que mais dia menos dia
O inevitável vai acontecer

Deixe a soberba de lado
Ainda tem muito o que aprender
Maneire na sua prepotência, A aceitação fará você crescer

Todas as coisas um dia se vão
Todas as pessoas do singular
Todas as pessoas do plural
Tudo um dia retorna pro lar

Comece a procurar respostas sabendo que não há o que fazer
Cultive sempre a humildade e saiba que um dia você vai morrer.

Assim Deixei

Deixei de escrever frases bonitas,
Mentiras alegres e corações partidos.
Na árvore que não via,
Deixei penduradas folhas escritas,
No solo, canetas sem tintas,
Nos frutos, casca sem polpa.
Deixei de querer o mundo
E todas suas coloridas flores
Se presas às raízes estão
Mas radiantes, exibem sua beleza.
Deixei de querer as músicas,
O que me impressiona
Se camufla em suas letras,
Melodias e acordes gritantes.
Deixei de querer alma,
Se enquanto corpo pulsa prazeres
E tão incoerente a descreve
Como se alma dele dependesse.
Deixei de correr os caminhos,
Olhar para os lados,
Enxergar vazio,
Lamentar passados, cegar destinos.
Decidi que deixei de tudo um pouco:
Tudo que me é vago,
Tudo que parece bonito,
Tudo que aparenta sintonia,
Tudo que está superior,
Tudo que é regrado.
Sim, de tudo um pouco,
Afinal poucos são os ensinamentos
Sobre nada que sabemos.
Um pouco de tudo,
Um pedaço de cada aroma
Mesmo que não goste.
Experimentos, só um pouco...
Acaba- se sem legados,
Apenas poetizando vagamente
Sobre palavras escritas, papel branco
Penduradas nos galhos
Daquela árvore que não via,
Flutuava sobre o chão.
Árvore donde nasce a verdade.
A verdade?
Deixei de escrever frases bonitas,
Mentiras alegres e corações partidos.

Leticia Duns.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Selinhos aos Melhores



Queridos, recebi um selo num blog de um amigo que gosto muito (Fernando) e que escreve muito bem, em sinal de gratificação, posto este selo para ele bem como para todos os blogs que leio frequentemente, todos são fontes de inspiração nos meus escritos. Aconselho que entrem e confiram, são os melhores...






 

 

 



Que nossas canetas sempre criem asas e façam nossa palavras voarem para todos os cantos deste mundo !

Beijos

Leticia Duns.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Não Consigo

Já desviei o caminho
Peguei um atalho
Fugi do destino.

Andei confortável
Ruas floridas
Paisagem impecável.

Apaguei a história
Comecei um rascunho
Pequei com glória.

Nesses inversos
Camuflei teu nome
Em meus desejos.

Rua turva caminhei
Ao seu final, vazio
Só sei que sempre te amei.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Descobri teu Nome

Não se achar nas próprias roupas
Nas paredes pintadas de azul
Nas vontades saciadas
Nos livros não lidos
No quarda roupa vazio.

Procurar dentre os cômodos
Da casa recém arrumada,
Na cama impecável, lençóís brancos,
No porta retrato, sorriso eterno,
Não achar seu inteiro, seu cheiro.

À beira da saudades
Lado a lado, teu nome
Descobri que assim ela se chama.
Mesmo tendo identidade
Não me responde.

Por que és tão silenciosa?
Quero que fale, que grite
Que me mande embora,
Diga que não me vê
Mas pelo menos diga.

Por que tens tua vontade tão impiedosa?
Tomou o espaço de tudo por aqui
Levou aquele sorriso, diadorim
Agora cala-te para que não note
Mas sua presença é palpável...

Leticia Duns

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Inversos

Dar por fim quando
Pela morte se acaba
Mas assim sendo,
É início de dimensões.
Olhos de agouro
Se mãos sentem o palpável
E alma vive sem limites.
Vida enquanto morte,
Se há de iluminar
Seja no veludo negro
Da morte pelo princípio.
Morte enquanto vida,
Então escurecer
Na seda transparente
Da vida pelo término.

Letícia Duns.