segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Paciência de Lenine By Leticia Duns

A vida é tão rara, já dizia nosso excelente Lenine !!!
Realmente ela é rara e somos raros, mas se não nos vemos assim quem verá? Nem mesmo aqueles que nos cercam, nossos familiares, nossos melhores amigos e até nossos inimigos conseguem enxergar e acreditar que somos preciosidades.
Seja pelo que gostamos, pelos nossos talentos, pelas musicas que ouvimos, pelos livros, pelos filmes ou por aquelas coisas que fazemos obrigados, pelos desgostos, enfim pela nossa vida mesmo, cada um é um, a música que você ouve pode surtir outro efeito em outras pessoas, assim como tudo que fazemos.
Sempre agradaremos uns e seremos reprovados por outros, mas não vamos perder o tempo da nossa rara vida pensando nisso.
Levar a vida com suavidade, com "paciência" mas sempre lembrando que não deve ser o mundo a girar sempre com maior velocidade e sim nós, assim as reviravoltas da vida acontecerão mais rápidas e conseguiremos viver tudo que desejamos antes que a vida pare...
Pois é, ao contrário do que se diz na musica, a vida um dia para, e nesse dia sei que terei vivido tudo aquilo que tive vontade e pelo menos eu me orgulharei disso !!!
Leticia Duns

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Conforto

Uma noite, um sonho estranho
Surgiu como deslubrante criatura
Seduzia novamente a doce apaixonada
Que adormecera esse fervor
Na maciez dos lençóis brancos
Do coração deprimido.
Era tão real que não percebeu
Que seu amado era apenas
uma miragem ilusórica
Que seu coração armou
Para reaver essa paixão.
Os dias passaram lentamente
E, eis que sem esperar
Surge a criatura dos sonhos.
Poe-se apressadamente à tocá-lo
Assim a certeza surgiu
Não era mais um sonho propriamente dito
E sim intensamente vivido
Como antes não aproveitara
A oportunidade presenteada pela vida
Agora redime-se e perde-se nesse sonho
Sonhar conforta quando se está em crise...
Leticia Duns

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Obscuridade Rubra

A escuridão sugeriu-me silêncio
Mas a música que soava no negro
Despertou-me desejo de gritar
Tão alto até que pudesse ouvir
Meu timbre entusiasmado
Foi como se o mundo me assistisse
E, senti-me a estrela principal
Dessa vida
E cercou-se uma felicidade
Que estoura o peito à contagiar
Até onde sua presença ocupa
Nessa imensidão de mim em ti
Sorrindo fiquei no obscuro
Do meu quarto rubro ardente !!!
.
Leticia Duns

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pensamento

O muro que ergueu-se sob a visão da vida
Esmagou a liberdade que esbarrou
Monumento surgido repentino
Trancando a passagem das idéias
Do desvendar do destino precoce
Traçado e seguido à risca
Doce sonhador da realidade
Leticia Duns

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Branco de Vida

Aquilo despertou apavoramento
Notar as linhas em branco da vida
Sem esboçar ao menos uma trilha
Cheia de folhas sem viço de outono
.
É isso, resumiu-se assim em coisa alguma
O vácuo branco da vida de carências
Das sensações que passaram no tufão
Na tempestade de sentimentos impotentes
.
Ficou como sempre ficará
A vontade de vociferar estalante
Assim como o sol de verão
Sem preocupações de quem o sentirá
.
Esse florescer é involuntário
Portanto essa primavera é melancólica
Colorida como pintura
Mas branca como a alma de espectro esquecido.
.
Leticia Duns

O Vazio Cheio

Esperando uma resposta, aflita, afoita, atordoada de não tê-la. É simples, apenas uma junção de letras que formam somente uma palavra vívida. Enquanto esta expectativa se prolonga, a sensação da pele formigando, os pés levitando, os olhos paralizados, o pensamento pairado, o calor insessante, reúnem-se num único recipiente que agora já transborda. Essa anti aderência afasta tua resposta, some sem explicação como se por descuido fosse revelar mas, ficou somente na primeira palavra da primeira frase da canção não acabada. Deixou o recipiente ali, simples objeto de decoração barata, adorno desnecessário, passatempo fútil, querendo refutação; não obteve e continua com a sensação do vazio cheio em si.
Leticia Duns