Eu, Miguel, entro nas graças daquela menina que vive a me perambular
Já não vejo sua inoscência, e sim um brilho insessante a ofuscar meus desejos
Sito que ela só quer me provar, me tentar, depois chacotear
Mas mesmo assim cego e sem ancora nem vela quero navegar nessa imensidão.
Ah menina não sei onde quer chegar, sinto que é muito além
Envolto em seus braços percebo-me como um garoto
Esqueço minhas décadas e envolvo-me em sua libertinagem
Cuidado menina, não vejo a saída terá que me carregar até ela.
Agora eu, não mais Miguel, estouro a vontade de possuí-la pela sua primeira vez
A dor causada deixa-me em estado de prazer profundo
Não vejo as consequências, se é que elas existam para mim
Solto-lhe e não a desejo mais, enfim sacio minha fome
instantânea
Ah menina avisei que não via saídas, mostre-me agora as alternativas
Tornei-te mulher e te plantei um rebento
Que irá cuidar sem minha presença, sustentar sem pai
Agora achei o caminho, fugitivo sou, saio sem ser notado e à deixo às minguas.
Eu, Miguel psicótico escondo-me de meu ser...
Leticia Duns
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